Os erros de Einstein | questões da ciência | Blogs [revista piauí] pra quem tem um clique a mais

Físicos profissionais e jornalistas de ciência são procurados com espantosa regularidade por indivíduos que afirmam ter descoberto furos na teoria da relatividade ou na mecânica quântica e que juram de pés juntos serem capazes de desmascarar as fraudes de Einstein e outros ícones da ciência.

São em geral físicos amadores – homens na maioria dos casos – que não têm vínculo com qualquer universidade ou centro de pesquisa. Ao abordar cientistas e jornalistas, eles buscam um atalho para apresentar as ideias que eles não encontram espaço para divulgar nos fóruns comumente usados pelos pesquisadores para apresentar suas ideias – as revistas e congressos científicos.

Um exemplo típico dessa fauna é o autor do cartaz retratado na foto abaixo. Por ocasião de um simpósio internacional no Rio de Janeiro, ele confeccionou um cartaz e passou o dia ao lado dele na frente do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), onde o evento era realizado.

“Preciso de ajuda e estou sendo discriminado”, dizia a introdução do cartaz, endereçado aos cientistas do CBPF e ao ministro da Ciência. “Fiz uma importante descoberta científica e tecnológica, e não me deixam mostrá-la. Ninguém acredita em mim. Descobri a maior fraude científica da história do conhecimento moderno. Preciso ser ouvido, avaliado e ajudado por estudiosos. Toda fraude um dia vem à tona e a de Einstein chegou ao fim.”

O texto seguia com mais detalhes dos “erros primários” de Einstein, numa caligrafia cada vez menor à medida que diminuía o espaço disponível no cartaz. O autor elencou as promissoras perspectivas de aplicação do seu achado na exploração espacial e concluiu com um apelo dramático: “Inteligências do Rio, onde estão vocês? Preciso de ajuda”.

CONTINUA.

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